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Tipos de câncer de boca

Tipos de câncer de boca
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
23/11/2022

Tabagismo, alcoolismo e falta de higienização bucal são os principais fatores de risco para os diversos tipos de câncer de boca.

O câncer de boca pode se desenvolver em toda a cavidade bucal e estruturas que a compõem. Além disso, existem vários tipos de câncer de boca, com suas próprias características e que exigem tratamentos específicos.

Os tumores que se desenvolvem na boca podem aparecer no revestimento interno, nas gengivas, na língua, lábios, no soalho bucal, no céu da boca e no trígono retromolar, que é a região atrás dos dentes do siso. E podem, ainda, principalmente se não tratados com agilidade, se disseminar para outras regiões, incluindo pescoço, garganta e pulmões.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), para o ano de 2022 a expectativa é de mais de 11 mil novos casos de câncer de boca em homens e mais de 4 mil novos casos em mulheres.

Quais os fatores de risco para a doença

São diversos os fatores de risco que aumentam as chances de uma pessoa desenvolver os vários tipos de câncer de boca. Confira os principais:

  • Tabagismo: cerca de 80% dos casos de câncer de boca são de pessoas fumantes. O tabaco possui milhares de substâncias tóxicas, sendo algumas comprovadamente cancerígenas, que afetam tanto fumantes ativos quanto passivos. É a principal causa do desenvolvimento de câncer, e fumantes têm o risco 16 vezes maior que os não fumantes.
  • Alcoolismo: o consumo exagerado de bebidas alcoólicas também aumenta o risco de câncer de boca. Quem consome bebida alcoólica tem 6 vezes mais chances de desenvolver a doença. Se combinado com o tabaco, o risco é potencializado.
  • Infecção pelo HPV: a prática de sexo oral sem o uso de preservativo pode causar transmissão e infecção pelo papilomavírus humano (HPV), que pode levar o paciente a desenvolver câncer de boca.
  • Irritações na mucosa bucal: alguns objetos como dentaduras, coroas e pontes, se não higienizados adequadamente, acumulam microrganismos. Além disso, quando mal ajustados, podem causar machucados. Esses casos podem levar ao desenvolvimento de lesões. Por isso, devem ser avaliados periodicamente pelo dentista.
  • Exposição excessiva ao sol: os lábios fazem parte da boca, e grande parte dos tumores que os atinge é devido à exposição excessiva à radiação ultravioleta. Profissionais que trabalham ao ar livre possuem maior risco para a doença.

Diferentes tipos de câncer na boca

Existem diferentes tipos de câncer de boca, e cada um possui suas características próprias, conforme sua localização e origem. Além disso, devido a suas diferenças, requerem tratamentos específicos.

Confira os principais tipos de câncer de boca:

Carcinoma de células escamosas

Cerca de 95% dos casos de câncer que se desenvolvem na cavidade oral ou na orofaringe são de células escamosas. Esse tipo de câncer de boca se inicia em células do epitélio, na parte mais superficial dos tecidos que formam o revestimento da boca e garganta.

Carcinoma verrucoso

Consiste em outro tipo de carcinoma de células escamosas, porém é mais raro, correspondendo a menos de 3% dos casos de câncer de boca. Tem um crescimento bastante lento e, por isso, se assemelha a uma ferida inofensiva. É pouco agressivo e geralmente acomete gengivas e bochechas.

Carcinoma de glândulas salivares menores

Se desenvolve nas glândulas da mucosa e próximo à garganta. É dividido em subtipos:

  • Carcinoma mucoepidermoide: é o subtipo mais comum entre os carcinomas de glândulas salivares. Na maioria dos casos, origina-se nas parótidas, glândulas localizadas próximo às orelhas.
  • Carcinoma adenoide cístico: tem crescimento lento e pode se espalhar pelos nervos. É comum apresentar recidivas após alguns anos.
  • Adenocarcinoma: inicia-se nas células glandulares. As lesões que atingem as glândulas salivares menores são conhecidas como polimorfos de baixo grau. É curável na maioria dos casos.

Lesões cancerizáveis

Muitas vezes não temos a confirmação do câncer, porém temos as lesões suspeitas ou pré cancerígenas que tem potencial de transformação maligna;

  • Leucoplasias: Lesão plana esbranquiçada não dolorosa, de crescimento lento;
  • Eritroplasias: Lesão avermelhada com dor local, podendo ter sangramento associado;
  • Eritroleucoplasia: Lesão esbranquiçada com áreas avermelhadas na periferia do ferimento ou entremeada as leucoplasias;
  • Liquen Plano: Doença dermatológica, de etiologia não conhecida considerada como doença autoimune;
  • Queilite actinica: Doença inflamatória principalmente do lábio inferior devido aos raios UVA e UVB, provocando lesões brancas hiperqueratoticas, com descamação, erosão e ulcerações.

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Como prevenir o câncer de boca?

Para evitar todos os tipos de câncer de boca, algumas medidas são recomendadas:

  • Não fumar;
  • Evitar o tabagismo passivo;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Higienizar a boca diariamente e adequadamente;
  • Consultar periodicamente o dentista;
  • Ter uma alimentação nutritiva;
  • Manter o peso corporal adequado;
  • Usar preservativo inclusive no sexo oral.

Diagnóstico

O diagnóstico do câncer de boca é simples e pode ser feito por exame clínico visual. Contudo, é a biópsia que confirmará a presença de células cancerígenas. Exames de imagem, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética nuclear, podem complementar a análise, pois ajudam a avaliar a extensão do tumor.

Além disso, é possível fazer o autoexame com a ajuda de um espelho.

Como tratar os diferentes tipos de câncer na boca?

Na maioria dos casos, o tratamento de câncer na boca se dá por intervenção cirúrgica. A complexidade da cirurgia, contudo, depende do tamanho do tumor, localização, se está nas camadas mais superficiais ou nas mais profundas dos tecidos e se atingiu outras estruturas da boca.

O tratamento multidisciplinar com a radioterapia e quimioterapia são terapias cruciais para melhora do prognóstico no câncer de boca.

Quem faz a avaliação do estágio da doença e de quais técnicas e tratamentos serão utilizados é o cirurgião de cabeça e pescoço, que pode contar com o apoio de outros especialistas, como oncologista, radioterapeuta, nutricionista, psicólogo, psiquiatra, médico da dor e fonoaudiólogo.

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Fonte:

Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC)

Instituto Nacional do Câncer (INCA)