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Dosagem de neurotransmissores na urina: uma nova tendência

  • Por ArgosLab®
  • 14 abr., 2023

A dosagem de neurotransmissores na urina é uma técnica utilizada para avaliar a presença e quantidade de substâncias químicas responsáveis pela comunicação entre as células nervosas no corpo humano. Essas substâncias, conhecidas como neurotransmissores, incluem serotonina, dopamina, noradrenalina e ácido gama-aminobutírico (GABA), entre outros.A dosagem de neurotransmissores na urina pode ser realizada por meio de exames laboratoriais, que avaliam a concentração dessas substâncias na amostra de urina coletada. Esses exames podem ser úteis na avaliação de distúrbios neurológicos e psiquiátricos, como depressão, ansiedade e transtornos de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Como funciona?
A técnica de dosagem de neurotransmissores na urina envolve a coleta da urina em um recipiente estéril, seguida da análise laboratorial dos níveis de neurotransmissores presentes na amostra. A interpretação dos resultados deve ser feita por um profissional capacitado, levando em consideração o histórico clínico e os sintomas do paciente.
Em resumo, a dosagem de neurotransmissores na urina é uma técnica útil para avaliar a atividade do sistema nervoso e pode auxiliar no diagnóstico e no monitoramento do tratamento de diversas condições clínicas.

Quais as vantagens?
Existem algumas vantagens da dosagem de neurotransmissores na urina em relação à dosagem no sangue:

  1. Coleta mais fácil: a coleta de urina é geralmente mais fácil e menos invasiva do que a coleta de sangue, o que pode tornar o processo mais confortável para o paciente.

  2. Maior estabilidade dos neurotransmissores: os neurotransmissores presentes na urina são geralmente mais estáveis do que os presentes no sangue, o que pode aumentar a precisão dos resultados.

  3. Menor interferência de fatores externos: os níveis de neurotransmissores na urina são menos suscetíveis a flutuações causadas por fatores externos, como a alimentação e o estresse emocional, do que os níveis no sangue.

  4. Mais específico para avaliar a atividade neuronal: a urina reflete mais diretamente a atividade neuronal do que o sangue, uma vez que os neurotransmissores na urina são derivados do sistema nervoso central e não de outras fontes no corpo.

Quais são os testes de neurotransmissores na urina disponíveis?

  • Serotonina
  • GABA
  • Dopamina
  • Epinefrina
  • Noraepinefrina
  • Triptofano
  • Glutamato

Entre em contato conosco para saber mais.

Conclusão
Em resumo, a dosagem de neurotransmissores na urina é uma técnica útil para avaliar a atividade do sistema nervoso e pode auxiliar no diagnóstico e no monitoramento do tratamento de diversas condições clínicas.

Referências
Kim YK, Lee HP, Won SD, et al. Low plasma GABA levels and the correlation with the alpha EEG in medication-naive patients with depression: a pilot study. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. 2007;31(1):78-85.
Mijatovic T, Jovanovic M, Gavrilovic L, et al. Urinary neurotransmitter testing: assessing the activity of the autonomic nervous system. Adv Clin Chem. 2019;90:197-238.
Bongiovanni R, Carpaneto E, Canepa E, et al. A review of the clinical uses and analytical methods for urine neurotransmitter testing. Clin Chem Lab Med. 2017;55(11):1610-1621.
Gupta S, Masand PS, Kaplan D, et al. The use of urinary neurotransmitter testing to identify patients with depression at risk for suicide. Ann Clin Psychiatry. 2016;28(1):31-41.
Por ArgosLab 29 abr., 2024
Na era da tecnologia móvel onipresente, a integração de dispositivos portáteis, os smartphones, com testes rápidos quantitativos está pavimentando o caminho para uma transformação significativa no Point of Care (POC).
Por ArgosLab® 24 abr., 2024
49° CBAC - Congresso Brasileiro de Análises Clínicas - 16 a 19 de Junho de 2024 - Centro de Convenções de Natal - Estande 77

56° CBPC - Congresso Brasileiro de Patologia Clínica - Medicina Laboratorial - 10 a 13 de Setembro de 2024 - Centro de Convenções de Salvador - Estande 25

Medica 2024 - 11 a 14 de Novembro de 2024 - Dusseldorf - Alemanha
Por ArgosLab® 23 abr., 2024

Os lipopolissacarídeos (LPS) são endotoxinas bacterianas formadas a partir de fosfolipídeos da parede celular de gram-negativas, liberados quando há destruição dessas células. Sua dosagem pode ser utilizada para avaliar a função do sistema imunológico , bem como os níveis inflamatórios decorrentes da infecção. A presença de LPS indica a presença de uma infecção por essas bactérias, auxiliando no diagnóstico de doenças como sepse, pneumonia e meningite. Além disso, o LPS é um potente indutor da resposta inflamatória inata, ativando células imunes.


Aplicações clínicas:


·         Diagnóstico e Prognóstico de Sepse: A sepse é uma condição com risco de vida causada por uma resposta imunológica desregulada à infecção. A dosagem sérica de LPS pode auxiliar no diagnóstico e prognóstico da sepse. Níveis elevados de LPS na corrente sanguínea indicam a presença de infecção bacteriana gram-negativa, que é uma causa comum de sepse.

·         Monitoramento de infecções bacterianas: A medição sérica de LPS pode ser usada para monitorar a eficácia da terapia antibiótica em infecções bacterianas. Pode ajudar a avaliar a resposta ao tratamento, acompanhando a redução nos níveis de LPS ao longo do tempo. A elevação persistente de LPS pode indicar falha do tratamento ou a presença de bactérias resistentes a antibióticos.

·         Síndrome do Intestino Irritável (SII) : pode ser usado também como um biomarcador do nível de inflamação em pacientes com Síndrome do Intestino Irritável (SII), uma vez que altos níveis de LPS estão relacionados com aumento da permeabilidade intestinal (leaky gut).

·         Disbiose Intestinal : a dosagem de LPS pode fornecer informações sobre a translocação de endotoxinas bacterianas do intestino para a corrente sanguínea, indicando interrupção na função da barreira intestinal e potenciais efeitos sistêmicos da disbiose.

·         Doenças Metabólicas: a inflamação crônica de baixo grau está associada a distúrbios metabólicos, como obesidade e diabetes tipo 2. O LPS das bactérias intestinais pode desencadear a liberação de citocinas pró-inflamatórias, levando à resistência à insulina e à inflamação sistêmica.

·         Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA): É caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado, frequentemente associada à obesidade e à síndrome metabólica. O aumento da permeabilidade intestinal permite que o LPS entre no fígado, onde ativa as células do sistema imunológico e desencadeia uma resposta inflamatória, levando à inflamação do fígado e à progressão da doença.

·         Doença Renal Crônica (DRC): Na DRC, existe um estado de inflamação crônica que contribui para a progressão dos danos renais. O aumento da permeabilidade intestinal e a disbiose intestinal podem resultar na translocação de LPS, desencadeando uma resposta imunológica e promovendo inflamação nos rins.

·         Neuroinflamação: A inflamação crônica no sistema nervoso central (SNC) está associada a vários distúrbios neurológicos, incluindo doença de Alzheimer, doença de Parkinson e esclerose múltipla. Estudos indicam que o LPS pode desencadear uma resposta imune no cérebro, levando à produção de citocinas pró-inflamatórias e danos neuronais.

Por ArgosLab® 13 mar., 2024
Em 10% dos pacientes com doença celíaca comprovada, distúrbios neurológicos aparecem no curso da doença, além das queixas gastrointestinais. Por um lado, isso poderia ser explicado pela reatividade cruzada dos autoanticorpos contra htTG com transglutaminase neuronal (hnTG) e, por outro lado, autoanticorpos são formados diretamente contra outros membros da família das transglutaminases, em particular contra hnTG. Em particular, pacientes que não comem alimentos sem glúten produzem uma quantidade maior de anticorpos contra hnTG. Ao não seguir uma dieta sem glúten (DSG), aumenta o risco de manifestação neurológica de intolerância ao glúten. Esse risco aumenta com o tempo de exposição ao glúten.
Por ArgosLab® 11 mar., 2024
Distúrbios intestinais funcionais, como síndrome do intestino irritável (SII), com dor abdominal difusa, frequência e consistência alteradas das fezes, ocorrem em mais de 12% da população. O microbioma intestinal desempenha um papel importante na síndrome do intestino irritável, tanto no início da doença como quando os sintomas pioram. Nos últimos anos, foi demonstrado que o microbioma exerce uma grande influência tanto no intestino como nas estruturas de nível superior, como o cérebro, através da produção de neurotransmissores e hormonas teciduais através do eixo microbioma-intestino-cérebro.
Por ArgosLab® 05 mar., 2024

A Doença Celíaca (DC) pode apresentar diferentes sinais. Portanto, de acordo com as diretrizes atuais, os pacientes com sintomas gastrointestinais (má absorção dominada por diarreia, esteatorreia, perda de peso ou atraso no crescimento em crianças), certas doenças (por exemplo, síndrome do intestino irritável, colite microscópica), bem como condições extraintestinais (por exemplo, anemia, sintomas da síndrome do intestino irritável, esofagite de refluxo, neuropatia, ataxia, depressão, osteomalácia e osteoporose, transaminite hepática inexplicada, resultados adversos na gravidez e até mesmo linfoma ou hemossiderose pulmonar) devem ser testados para doença celíaca.

Além disso, pacientes que são parentes de primeiro grau de um celíaco, bem como pacientes com síndromes genéticas (síndrome de Down, Turner-Williams-Beuren e deficiência de IgA) ou doenças autoimunes (diabetes tipo 1, tireoidite autoimune) correm o risco de desenvolver doença celíaca e devem ser testados regularmente.


Por ArgosLab® 29 fev., 2024
As catecolaminas (Adrenalina, Noradrenalina e Dopamina) são neurotransmissores produzidos pela glândula adrenal. Uma vez liberados no corpo, eles induzem alterações fisiológicas, incluindo aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. A liberação dessas moléculas também envolve broncodilatação, taquipnéia e redução da insulina resultando na liberação de glucagon que é convertido em glicose no sangue.
Contudo, a sua produção excessiva no sangue pode ser sintoma de feocromocitoma, neuroblastoma e, ocasionalmente, de outros tumores neuroectodérmicos.
A serotonina é um neurotransmissor produzido a nível gastrointestinal, envolvido principalmente no ciclo sono/vigília, fome/saciedade, motilidade intestinal, humor, memória e libido. É também considerada a molécula que regula o bom humor e por isso também é conhecida como “hormônio da felicidade”.
A falta de serotonina leva à fibromialgia, doença caracterizada por dores e tensão muscular perene, na origem da rigidez e dificuldade de movimentos. Em vez disso, um excesso de serotonina leva à síndrome da serotonina, caracterizada por dor de cabeça, agitação, confusão, tremores, espasmos musculares, calafrios, taquicardia, sudorese, náusea e diarréia.
A L-DOPA é o precursor da Dopamina, a partir da qual todas as outras Aminas Biogênicas são produzidas através da atividade enzimática do organismo. Também é administrado para atenuar os efeitos da doença de Parkinson, pois esta doença leva a uma diminuição progressiva da produção de dopamina devido à degradação dos neurônios presentes na “substantia nigra”.
As metanefrinas são metabólitos da adrenalina e noradrenalina, sendo produzidas durante o processo de quebra dessas catecolaminas. Elas são liberadas na corrente sanguínea e podem ser medidas para avaliar a atividade do sistema simpático. O aumento nos níveis de metanefrinas pode indicar a presença de tumores neuroendócrinos, como feocromocitoma ou neuroblastoma, semelhante ao que ocorre com as catecolaminas.
Por ArgosLab® 21 fev., 2024

A administração de contraste iodado em exames de imagem como tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) é uma ferramenta essencial para o diagnóstico preciso de diversas doenças. No entanto, o uso de contraste pode levar à nefropatia induzida por contraste (NIC) , uma condição que pode resultar em disfunção renal aguda, especialmente em pacientes com função renal pré-existente comprometida.

A dosagem de creatinina antes da administração de contraste é um procedimento fundamental para avaliar a função renal e identificar pacientes em risco de NIC. A creatinina é um produto residual do metabolismo muscular que é excretado pelos rins, e sua concentração no sangue pode ser utilizada para estimar a taxa de filtração glomerular (TFG), um indicador da função renal .

Por ArgosLab 20 fev., 2024
 O estresse, como resposta natural do corpo a situações desafiadoras, é essencial para a nossa sobrevivência. No entanto, quando se torna crônico, pode levar ao desgaste e desequilíbrio dos sistemas fisiológicos, impactando negativamente a saúde. Essa sobrecarga é conhecida como carga alostática, um conceito crucial para entender os efeitos do estresse a longo prazo.
 Neste artigo, exploraremos a carga alostática, seus principais biomarcadores e como eles podem ser utilizados para avaliar o impacto do estresse na saúde.

O que é Carga Alostática?

 A carga alostática representa o custo cumulativo das adaptações do organismo a estressores físicos, emocionais e ambientais. Em outras palavras, é a quantidade de energia necessária para o corpo manter o equilíbrio em face de diversos desafios. Quando essa carga se torna cronicamente elevada, pode levar a uma série de problemas de saúde, como distúrbios cardiovasculares, metabólicos e psicológicos.

 Bruce McEwen, popularizou a palavra “alostase” para designar a tentativa do corpo de manter um equilíbrio interno diante de circunstâncias instáveis. A palavra combina os gregos állos (variável) e stásis (estase ou paralização) que juntas produzem algo como “permanecer estático em meio à mudança”. Não podemos prescindir disso e nosso corpo fará um grande esforço para manter esse estado, a ponto de causar desgaste a longo prazo se os estresses não cederem.

 

Biomarcadores associados à uma alta Carga Alostática

 Este desgaste nos mecanismos regulatórios do corpo, que McEwen chama de “carga alostática”, causam uma liberação excessiva e prolongada de, principalmente, Adrenalina (neurotransmissor catecolaminérgico) e o hormônio Cortisol (indicador de exaustão do eixo HPA- Hipotalamo-Pituitária-Adrenal). Esses efeitos fisiológicos no corpo podem causar transtornos mentais, doenças autoimunes e a exaustão do próprio aparato do estresse conectados aos centros emocionais do nosso cérebro e fisiológicos de nosso corpo.

Alguns parâmetros que podem ser utilizados para mensurar a carga alostática:


·         Biomarcadores Primários - Correlação imediata com a Função Adrenal:

1.       Cortisol

Conhecido como o hormônio do estresse, o cortisol é liberado pelas glândulas suprarrenais em resposta ao estímulo do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). Níveis elevados de cortisol são frequentemente associados a uma carga alostática crônica relacionada à exaustão do eixo HPA.

 - Produtos disponíveis: Teste Rápido Quantitativo ou ELISA (soro, plasma, urina ou saliva)


2.       Desidroepiandrosterona (DHEA)

DHEA é frequentemente considerado um hormônio antiestresse devido à sua capacidade de modular a resposta do corpo ao estresse. Ele atua como um antagonista do cortisol, o hormônio do estresse, ajudando a equilibrar os efeitos negativos do cortisol sobre o corpo;

 - Produtos disponíveis: ELISA (soro, plasma ou saliva)


3.       Adrenalina (Epinefrina) e Noradrenalina (Norepinefrina)

Esses hormônios, que também são considerados neurotransmissores, são liberados quando há estímulo no sistema nervoso simpático em resposta ao estresse agudo. Em situações de estresse prolongado, a liberação contínua desses hormônios pode contribuir para a carga alostática.

  - Produtos disponíveis: ELISA (plasma, urina ou dried urine spot)


·         Biomarcadores Secundários:

1.       BNDF - Fator Neurotrófico derivado do cérebro

O BDNF desempenha um papel crucial na saúde cerebral e na regulação do humor. A carga alostática crônica pode influenciar negativamente os níveis de BDNF, uma vez que o estresse prolongado tem sido associado a alterações no sistema nervoso central, afetando a neuroplasticidade e a função cognitiva.

2.       Colesterol

A carga alostática pode afetar os níveis de colesterol de várias maneiras. O estresse crônico pode contribuir para mudanças nos hábitos alimentares, aumentar a produção de colesterol pelas glândulas suprarrenais e afetar negativamente o perfil lipídico, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.

- Produtos disponíveis: Teste Rápido Quantitativo de Perfil Lipídico


3.       Hemoglobina Glicada (HbA1c)

A relação entre carga alostática e HbA1c está relacionada ao estresse crônico e seus efeitos sobre o metabolismo. O estresse prolongado pode influenciar a regulação glicêmica, levando a alterações nos níveis de glicose no sangue ao longo do tempo, refletindo-se na HbA1c.

 - Produtos disponíveis: Teste Rápido Quantitativo de HbA1c


4.       Proteína C Reativa (PCR) e Interleucina 6 (IL-6) – Biomarcadores de Inflamação

A carga alostática, especialmente quando associada a estresse crônico, pode desencadear respostas inflamatórias persistentes, elevando os níveis de PCR e IL-6, e indicando um estado inflamatório sistêmico.

 - Produtos disponíveis: Teste Rápido Quantitativo de PCR Ultrassensível  e de Interleucina 6 , Interleucina 6 ELISA , e PCR Ultrassensível ELISA em Dried Blood Spot


5.       Insulina

A resposta ao estresse pode influenciar a sensibilidade à insulina, contribuindo para desregulações metabólicas em situações de carga alostática.

 - Produtos disponíveis: Teste Rápido Quantitativo  e ELISA


6.       Dopamina

A dopamina é um neurotransmissor envolvido na regulação do prazer, motivação e recompensa. Níveis desregulados podem influenciar a resposta ao estresse.

 - Produtos disponíveis: ELISA (plasma, urina ou dried urine spot)


7.       GABA (Ácido gama-aminobutírico)

GABA é um neurotransmissor inibitório que desempenha um papel importante na redução da atividade neural. Alterações nos níveis de GABA podem afetar a resposta ao estresse e a regulação emocional.

- Produtos disponíveis: ELISA (plasma, soro, urina ou dried urine spot)


8.       Glutamato

Enquanto o GABA é inibitório, o glutamato é excitatório. Níveis alterados de glutamato podem estar associados a respostas exacerbadas ao estresse.

 - Produtos disponíveis: ELISA (plasma, soro, urina ou dried urine spot)


Parâmetros Auxiliares:

  • Aferição da pressão arterial sistólica e diastólica
O estresse crônico pode contribuir para a hipertensão arterial, resultando em aumento da pressão arterial sistólica e diastólica. A carga alostática contínua pode desencadear desregulações no sistema cardiovascular, impactando diretamente a pressão arterial.
  • Índice de massa corporal (IMC)
O estresse crônico pode influenciar o peso corporal através de alterações nos hábitos alimentares e na regulação hormonal. A carga alostática pode contribuir para desequilíbrios no IMC, sendo associada tanto ao ganho quanto à perda de peso, dependendo das respostas individuais.
  • Relação cintura-quadril.
A carga alostática pode estar relacionada a mudanças na distribuição de gordura corporal. O acúmulo de gordura abdominal, indicado por uma maior relação cintura-quadril, pode ser influenciado pelo estresse crônico, afetando a saúde metabólica.

 

Situações que podem levar ao aumento de Carga Alóstatica

  • Exposição a estressores frequentes que pode determinar um estado de estresse crônico e repetir excitação fisiológica aumentada;
  • Falta de adaptação aos estressores;
  • Incapacidade de desligar a resposta ao estresse após o término de um estressor;
  • Resposta alostática não suficiente para lidar com o estressor.

   Em resposta às exigências ambientais, diferentes sistemas fisiológicos interagem em vários graus de atividades. Os sistemas neuroendócrino e imunológico reagem aos desafios internos ou externos e promover adaptação as ameaças ou adversidades.

 A carga alostática reflete o efeito acumulativo de experiências da vida diária que envolvem os eventos cotidianos (situações de vida sutis e duradouras) bem como os grandes desafios (eventos de vida), e inclui as consequências fisiológicas da saúde resultante de comportamentos prejudiciais, como sono insatisfatório e ruptura das doenças circadianas, falta de exercício, tabagismo, consumo de álcool e dieta pouco saudável. Quando os desafios ambientais excederem a capacidade individual de lidar com a situação, então a carga alostática segue como uma transição para um estado extremo onde sistemas de resposta ao estresse são repetidamente ativados e fatores padrões de equilíbrio não são adequados.

 

Conclusão

 A relação entre carga alostática e biomarcadores destaca a interconexão complexa entre estresse crônico e saúde. Esses biomarcadores refletem as respostas adaptativas do corpo a uma carga alostática persistente, proporcionando insights importantes para a compreensão dos impactos do estresse prolongado na saúde geral.

 Gerenciar a carga alostática pode ser fundamental para preservar a saúde e prevenir condições associadas ao estresse crônico. Estratégias como a adoção de estilos de vida saudáveis, práticas de redução de estresse e apoio psicossocial podem desempenhar um papel crucial na mitigação desses efeitos.


Referências

MacEwen, S. Bruce- The End of Stress as we know it – Dana Press – New York – 2002

Maté, Gabor- O mito do Normal- Trauma, saúde e cura em mundo doente – Editora Sextante – 2023

Allostatic Load and Its Impact on Health: A Systematic Review - Jenny Guidi, Marcella Lucente, Nicoletta Sonino , Giovanni A. Fava - Psychother Psychosom 2021;90:11–27 DOI: 10.1159/000510696



Por ArgosLab® 01 fev., 2024

Resumo

O estroboloma, definido como a comunidade de genes bacterianos entéricos capazes de metabolizar estrogênios, emerge como um fator crucial na saúde hormonal. Este artigo revisa a relação entre o estroboloma e a saúde hormonal em diferentes contextos, incluindo:

  • Metabolismo do estrogênio: O estroboloma modula a reabsorção, excreção e biotransformação do estrogênio, impactando seu nível e atividade biológica.

  • Desequilíbrios hormonais: Disfunções no estroboloma podem contribuir para distúrbios como SOP, endometriose e menopausa, afetando a saúde reprodutiva e geral das mulheres.

  • Doenças hormônio-dependentes: O estroboloma pode influenciar o risco e a progressão de doenças como câncer de mama, endometriose e câncer de próstata.

  • Fatores que influenciam o estroboloma: Dieta, antibióticos, estresse e estilo de vida impactam a composição e a atividade do estroboloma.

  • Intervenções para modular o estroboloma: Probióticos, prebióticos, moduladores seletivos do receptor de estrogênio e mudanças no estilo de vida podem ser usados para otimizar a saúde hormonal.

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