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Anemia falciforme é tema de campanha da Prefeitura de Limeira
04/11/2019 | 17h00
Anemia falciforme é tema de campanha da Prefeitura de Limeira

A Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria de Saúde, lançou nesta segunda-feira (4), uma campanha de conscientização e prevenção à anemia falciforme, doença genética predominante em afrodescendentes, que também pode manifestar-se em indivíduos brancos. Estima-se que 4% da população brasileira apresentem o traço falciforme e que 60 mil a 100 mil pessoas tenham a doença no Brasil, conforme o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença Falciforme do Ministério da Saúde (2018).

Até o dia 29, todo indivíduo de ascendência negra com episódios de anemia desde a infância ou histórico familiar da doença deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima, para realizar o exame de sangue (falcização) capaz de detectar a enfermidade. A coleta será realizada das 7h às 9h. Não é necessário jejum nem agendar consulta. Basta apresentar Cartão SUS e documento com foto.

A doença é caracterizada por uma deformação nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirindo o aspecto de uma foice – daí o nome falciforme. Essas células são menos elásticas e têm dificuldade de passar pelas veias, ocasionando entupimentos (trombos) e muitas dores, principalmente nos ossos.

Além disso, a anemia falciforme causa outros sintomas, como fadiga intensa, palidez e icterícia, atraso no crescimento, feridas nas pernas, risco aumentado de infecções, dores ósseas e articulares entre outros. A doença não tem cura e pode levar à morte.

Para ser portador da doença, é preciso que o gene alterado seja transmitido pelo pai e pela mãe (transmissão hereditária). Alguns indivíduos apresentam “traço falciforme”, quando herdam de um dos pais o gene para hemoglobina A (normal), e do outro, o gene para hemoglobina S (característica da anemia falciforme), ou seja, são portadores de hemoglobina AS. As pessoas com traço falciforme são saudáveis e não desenvolvem a doença. No entanto, podem transmitir o gene com mutação para as gerações seguintes.

No nascimento, a presença da “hemoglobina S” é detectada pelo teste do pezinho, que deve ser coletado logo na primeira semana de vida do bebê. Quando diagnosticada, a criança deverá ser acompanhada por médico especialista.

A chefe da Divisão de Controle de Zoonoses e integrante do Comitê Técnico de Saúde da População Negra, Pedrina Aparecida Rodrigues Costa, alertou sobre a importância dos indivíduos de ascendência negra fazerem o exame para saber se são portadores do traço falciforme. “Os portadores do traço falciforme devem orientar seus parentes a fim de identificar outros casos na família. Antes do casamento, o futuro parceiro deve fazer exames a fim de verificar se também é portador do traço ou outra hemoglobinopatia”, frisou.

Evento:

No dia 13, a Secretaria de Saúde promove o evento “Encontro sobre conscientização e impacto da doença falciforme”. Na ocasião, haverá duas palestras sobre o tema, das 13h30 às 16h, no plenário da Câmara Municipal (Rua Pedro Zaccaria, 70). O médico hematologista João Paulo Marques Bighetti fará uma explanação intitulada “Doença falciforme, conhecer para cuidar”, enquanto a coordenadora da Associação Pró-Falcêmicos, Sheila Ventura Pereira, “Abordagem e impacto da anemia falciforme na atualidade”. A iniciativa é voltada a toda população. As inscrições podem ser feitas pelo link: https://bit.ly/34pNeQQ

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